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«Prémio Boas Práticas de Participação» atribuído ao projeto Biblioteca Humana
Com o projeto «Biblioteca Humana», o Município de Valongo conquistou o «Prémio Boas Práticas de Participação», atribuído pela Rede de Autarquias Participativas (RAP). O Presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, recebeu o galardão, em Faro, onde estão a decorrer as Formações Regionais (Sul) da RAP sobre democracia participativa.
De caráter anual, o «Prémio Boas Práticas de Participação» visa constituir um incentivo à implementação, disseminação e valorização de práticas inovadoras de democracia participativa desenvolvidas em Portugal.
Os projetos a concurso foram analisadas por um júri independente e submetidos a votação pública numa plataforma online, sendo que cada uma das fases teve um peso de 50 por cento na pontuação final. Aos projetos «Eco Parlamento – Guimarães» e «Águeda Living Lab» foram atribuídas menções honrosas.
A Biblioteca Humana é uma das atividades de educação não formal implementadas no concelho que adotou o desafiante slogan "Não julgues o livro pela capa". Implementada em Valongo pela primeira vez em 2010, dirige-se a jovens que frequentam o 9º ano do ensino básico e ensino secundário das escolas do concelho mas envolvendo toda a comunidade escolar, bem como às suas redes de contactos, na medida em que contactam com ele, de forma mais ou menos direta, através da observação da implementação da atividade, bem como dos relatos que dela resultam.
A Biblioteca Humana facilita o diálogo construtivo e informal entre jovens estudantes e pessoas que representam grupos que frequentemente são alvo de preconceitos, criando a oportunidade de relacionamento interpessoal entre grupos que habitualmente não teriam a possibilidade de interagir e permitindo o confronto com estereótipos e preconceitos num ambiente estruturado, protegido e limitado no tempo.
Pretende-se com este projeto sensibilizar a juventude para a importância da inclusão, da diversidade cultural e da igualdade de oportunidades, combater a discriminação e desconstruir estereótipos, de forma a fomentar a aproximação entre povos, culturas e religiões, bem como promover o diálogo entre pessoas que normalmente não teriam a oportunidade para interagir.
Após a identificação de “Livros Humanos” (pessoas voluntárias que personificam um determinado estereótipo por se incluírem num grupo potencialmente excluído) é levado a cabo um trabalho de preparação/formação dos “Livros Humanos”, sob pena de reforçarem os estereótipos que a atividade pretende combater. São exemplos de livros humanos disponibilizados pessoa de etnia cigana, Muçulmano/a, Imigrante, Homossexual / Lésbica, Cego / Amblíope, entre outros.
A atividade desenvolve-se, geralmente, na biblioteca da escola, num espaço físico que permita o máximo de privacidade possível aos grupos mas a proximidade suficiente para a circulação entre Livros Humanos, visto que o objetivo é que vários Livros sejam “lidos” por todos os elementos do grupo-turma.