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Lipor vai criar e manter bosques autóctones no Parque das Serras do Porto
A LIPOR e a Associação de Municípios Parque das Serras do Porto assinaram um Protocolo de Colaboração potenciando o trabalho que, no âmbito da Estratégia de Biodiversidade da LIPOR, tem vindo a ser realizado em diversos locais da região.
O presente Protocolo associa o desenvolvimento de atividades de colaboração, permitindo o alargamento do “Programa Metro Quadrado” a mais 10 (dez) hectares na área florestal que integra o Parque das Serras. Com este programa de manutenção de floresta nativa a LIPOR responsabiliza-se pelo acompanhamento, manutenção e fortalecimento de árvores autóctones plantadas no âmbito de programas de reflorestação. A LIPOR assume, deste modo, um compromisso para a criação e manutenção de bosques autóctones, com o objetivo de promover a biodiversidade, os serviços dos ecossistemas, contribuindo para a amenização paisagística, a redução do risco de incêndio e o bem-estar das Comunidades.
Adicionalmente a LIPOR irá investir na promoção de um Estudo, por parte de um consultor especializado, para a criação de um Programa Estruturado de Florestação para geração de créditos de carbono no Parque das Serras do Porto. Estes créditos, gerados por via do sequestro florestal, poderão ser utilizados como mecanismo de compensação por instituições, empresas e cidadãos que pretendam reduzir (e anular) as suas emissões de gases com efeito estufa (GEE) de forma voluntária. Este será um projeto de longo prazo, gerido por uma entidade a constituir, com capacidade efetiva de gerar retorno ambiental, proporcionando, deste modo, financiamento para a recuperação e valorização do Parque das Serras do Porto.
O protocolo de colaboração prevê um estudo para a criação de um Programa Estruturado de Florestação "para geração de créditos de carbono" e que tem como objetivo funcionar como "financiador do projeto de recuperação e valorização do Parque das Serras", explicou à Lusa o Presidente da Câmara de Valongo e da Associação Parque das Serras do Porto, José Manuel Ribeiro.
"O estudo pretende criar dentro do parque uma área ainda a definir onde se possa fazer a gestão do carbono. O que se está a discutir é como será possível criar uma bolsa de carbono para que as empresas que queiram, em vez de ir comprar carbono fora do país, o venham fazer aqui, sendo que ao comprarem aqui estão também a dar algum contributo para a gestão do projeto", acrescentou o autarca.
O presidente do conselho de administração da Lipor, Aires Pereira, disse à agência Lusa que a empresa fica responsável "pelo acompanhamento, manutenção e fortalecimento de árvores autóctones plantadas no âmbito de programas de reflorestação" naquele parque, que conta com uma área de 5.974 hectares.
Neste contexto, aquela empresa de gestão dos resíduos de oito municípios da Área Metropolitana do Porto (AMP) promoverá a "criação e manutenção de bosques autóctones, promovendo a biodiversidade, os serviços de ecossistemas, a amenização paisagística, a redução do risco de incêndio e o bem-estar das comunidades", frisou Aires Pereira.
"Depois de entrarmos num projeto destes nunca mais de lá saímos, como facilmente se compreende, porque esta é uma tarefa ciclópica, sob o ponto de vista do que é a dimensão do projeto", acrescentou o também presidente da câmara da Póvoa de Varzim.