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7 Maravilhas Doces de Portugal - nomeados Valongo
A candidatura de 14 doces característicos do concelho de Valongo foi aceite pelo Conselho Científico do Concurso 7 Maravilhas Doces de Portugal.
A candidatura apresentou sete variedades de biscoitos à categoria de Biscoitos e Bolos Secos; três tipos de doces na categoria Doces Festivos e quatro criações nos Doces de Inovação. O referido Conselho procedeu ao envio dos 14 selos oficiais de nomeados à Câmara Municipal de Valongo, que promoveu a candidatura, em parceria com diferentes entidades, a quem muito agradece a prestimosa colaboração.
No dia 17 de abril, será tornado público o nome dos Doces que passaram à fase seguinte, referente à seleção de 21 Doces por Distrito.
A RTP1 promove, no dia 8 de maio de manhã, um programa especial 7 Maravilhas, em que serão divulgados os 7 Doces que irão representar cada um dos 18 distritos e 2 regiões autónomas. Estes últimos, serão alvo de programas especiais da RTP1 a serem realizados entre julho e agosto.
A panificação e o fabrico do biscoito em Valongo foi um modo de vida para as populações fixadas neste território, desde sempre. Estamos perante uma marca identitária do património local, resultante do ancestral saber fazer que aproveita os recursos endógenos, destinada à venda e ao consumo próprio. Ontem, como hoje, continuam a conjugar tradição e inovação, para contínuo deleite dos nossos sentidos! Veja como…
BISCOITOS E BOLOS SECOS
Cacos ou Bolacha Francesa – Valonguense
Biscoitos centenários, associados às Invasões Francesas e à introdução de novos paladares, assim como, ao ruído que fazem quando se degustam ou ao estado em que ficaram os locais por onde os exércitos napoleónicos passaram. A delicadeza da sua consistência só tem paralelo no seu requintado paladar.
Deguste e partilhe uma experiência única…
Fidalguinhos – Aguiar
Na sequência da quebra do negócio de abastecimento de pão à cidade do Porto, no séc. XIX, devido a vicissitudes várias, os valonguenses procuram novas fontes de rendimento, tendo os biscoitos sido a alternativa. A sociedade portuguesa da época estava virada para paladares mais estrangeirados, suportados por um maior poder económico. Os “fidalguinhos” foram a resposta ideal a esta nova procura. Só provando pode confirmar…
Biscoito de Milho – Diogo
O gosto mais caseiro e tradicional da produção biscoiteira está, sem sombra de dúvida, no biscoito de milho. É ele, mais do que qualquer outro, aquele que recorre aos produtos que se têm mais à mão. Das farinhas moídas nos nossos moinhos, ao limão generosamente amadurecido nos limoeiros dos nossos quintais, sai um biscoito robusto e perfumado. Delicie-se…
Raivinhas – Doceneves
Biscoito de tradição conventual, saído das mãos experientes das freiras Bernardas há mais de 200 anos, chegam aos nossos dias como símbolo da paciência e com a delicadeza característica de rendas e bordados, só emparceirada pela subtileza do paladar. “Raivinhas” geradas pela minúcia da confeção e pelo desagrado de já não haver mais para degustar. Partilhe este “pecado” e confirme….
Rosca Inglesa – Paupério
De tradição anglo-saxónica, inspirada no “shortbread”, mas com menor percentagem de gordura, o que permitiu acentuar a textura e a robustez apoiada pelo fresco travor a limão. Tornou-se o acompanhamento ideal para o chá das 5 da tarde, tão ao gosto dos ingleses que se tinham fixado nestas paragens para explorar a lousa e outros negócios, mas só registado em 1938. Deguste e confirme a nossa descrição…
Torcidos – Tradicional
Designação conferida pelo aspeto, podem ter sido influenciados por diferentes mesteres, tanto os executados por delicadas mãos femininas, como a tecelagem e dobradura de diferentes fibras têxteis; como as calejadas mãos masculinas entregues ao fabrico de cordas e torcedura de fios metálicos. Seja como for, a sua elegante forma só é ultrapassada pelo sabor. Prove e comprove…
Biscoito de Vinho – Paupério
Mais uma inspiração no “shortbread” anglo-saxónico, mas acrescido do travor acidulado do vinho que, para além de lhe acrescentar paladar, aumenta a sua duração, contrabalançada pela quentura e aroma da canela. O gosto britânico de degustar bebidas alcoólicas generosas, acompanhadas de um biscoito, deve, igualmente, ter influenciado esta combinação única. Experimente e diga de sua justiça…
DOCES FESTIVOS
Pudim de Pão – Confraria do Pão da Regueifa e do Biscoito de Valongo
Documentado desde a época romana, passando pela ida para o Brasil com a família real portuguesa, nos inícios do séc. XIX, vê a sua origem diluir-se na noite dos tempos. Chega aos nossos dias usando os mesmos ingredientes básicos: ovos, leite e adoçante, ligados à custa do suave calor do forno ou da cozedura em banho-maria. Uma textura suave, enriquecida com o miolo do nosso “molete”, torna-o único. Deleite-se e comprove…
Regueifa Doce – Valonguense
A regueifa é, ainda hoje, um dos mais afamados tipos de pão de Valongo. Apregoada, desde sempre, pelas padeiras e levada para destinos longínquos, onde era apreciada pela macieza da sua alva massa. Na Páscoa, era oferecida pelos padrinhos aos seus afilhados e, a junção de açúcar e canela, elevaram-na a outro patamar, tornando-a indissociável desta quadra festiva. Aproveite a época e não deixe de a saborear…
Sopa Seca – Confraria do Pão da Regueifa e do Biscoito de Valongo
A tradição ainda continua a ser o que era, sendo esta iguaria a prova viva desta máxima! O aproveitamento das sobras de molete devem ter estado na origem deste doce de festa, consumido especialmente no Carnaval e pelas festas dos Santos. Desde a versão mais simples às mais complexas, acompanha o gosto de cada um sem perder a ideia norteadora de não desperdiçar pão, por muitos considerado sagrado. Experimente e deleite-se…
DOCES DE INOVAÇÃO
Biscoito Trilobite – Escola Secundária de Valongo
De um passado de há 542Ma, as trilobites de Valongo, serviram como fonte de inspiração, para criar um biscoito. Recriam a essência de um ser aquático, através da conjugação das matérias-primas endógenas, com pitadas de modernidade, através da adição de cacau e gengibre, replicando o seu formato através de uma forma única.
Impossível comer só uma. Experimente e confirme…
Lousa de Chocolate – Câmara Municipal de Valongo
A lousa formou-se há mais de 300Ma, sendo um dos elementos identitários de Valongo, assim como os campos de milho que caracterizam a paisagem rural deste território, desde o séc. XVII. Para homenagear todos quantos produzem riqueza através da transformação do que a natureza nos oferece, nasceu a lousa e a pena de chocolate, assentes em biscoito de milho. Contrastes de cores e sabores que se atraem e complementam! Prove e delicie-se…
Gelado de Regueifa – Delícias do Martim
Os gelados fazem parte do imaginário de todos nós, sobretudo quando o calor aperta. Com origens remotas, são as sobremesas que oferecem maior capacidade de inovação, unicamente dependentes da capacidade de sonhar e de inovar do seu criador. Ora, a regueifa, tão característica da nossa cultura gastronómica, não poderia estar arredada desta iniciativa, associada à lousa de chocolate ou simplesmente sozinha! Deguste-o das duas formas e deleite-se…
Gelado de Regueifa – Delícias do Martim
A origem dos gelados perde-se na noite dos tempos e muito têm evoluído desde aí. Da simples neve com sabores, até às deliciosas conjugações de laticínios, ovos e sabores, numa crescente complexidade, que só encontra limites quando a imaginação do seu criador acaba. Valongo, com um passado tão rico no fabrico de inúmeras tipologias de biscoitos, tem aqui um manancial de cores, texturas e sabores infindável! Comprove e descubra o seu favorito…