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Regueifa e Biscoito
Em Valongo, o fabrico de pão e biscoitos de elevada qualidade é secular. Beneficiando da existência de moinhos, de nascentes de água, da lenha das serras e da passagem da estrada real que a ligava à Invicta, Valongo especializou-se na produção e abastecimento de pão à cidade do Porto, pelo menos desde o século XVII, de acordo com registos de época.
A partir do século XVIII, multiplicou-se o número de padarias no centro urbano, fruto da vitalidade do setor da panificação e do caráter geracional do negócio. As valongueiras rumavam ao Porto três vezes por semana para vender sêmeas, moletes e regueifas nas feiras do pão, mas também nas estações de comboio, possibilitado pela conclusão das linhas ferroviárias do Douro e Minho em 1875.
Com a industrialização, o setor da moagem e panificação acabou por se desenvolver também na cidade do Porto, levando as padarias valonguenses a adaptar a sua produção às novas exigências do mercado. E assim surgem, a partir dos finais do século XIX, as biscoitarias como um segmento económico alternativo e de grande sucesso, tendo o século XX sido marcado pela regulamentação do setor, pela mecanização da produção e pela abertura a novos mercados, nacionais e internacionais.
Localizada no centro de Valongo, a Oficina da Regueifa e do Biscoito é, precisamente, um espaço dedicado à promoção do património cultural através da recolha, preservação e exibição de objetos e memórias ligadas à panificação como atividade secular do concelho. Tem como foco homenagear a alma valonguense e evidenciar uma das logomarcas do Município, referenciando uma atividade que catapultou Valongo para o mundo com os seus aromas e sabores ancestrais, conseguidos através do árduo trabalho da população local, e que, ainda hoje, despertam os cinco sentidos.